sexta-feira, 3 de agosto de 2012


"Se não fosse capaz de falar, eu desenharia. Se você não pode se comunicar com alguém porque fala uma língua diferente, provavelmente faz um desenho ou se comunica por gestos. Desenhar é como falar. O desenho ainda carrega a qualidade de não apenas condensar as ideias, é a intuição sublimada pelo gesto. O gesto é muito importante. A arquitetura de Oscar Niemeyer pode praticamente ser definida como um gesto: a Igreja da Pampulha, o Palácio da Alvorada. Com apenas duas ou três linhas, Niemeyer condensa a essência de um edifício. Essa é a mensagem que passaria a um estudante de arquitetura: desenhe, desenhe. É como aprender a falar, no momento em que começa, passa a falar melhor. Não tenha receio. E nunca abandone, se quiser ter certo conforto na linguagem do desenho."
(Santiago Calatrava)

Texto: Revista aU | Edição 220 | Julho 2012 | Entrevista | Pedro Rivera
Imagens: Croquis de Santiago Calatrava | Hemisféric | Turning Torso

quarta-feira, 1 de agosto de 2012


"Há um movimento em todo o mundo no sentido de privatizar e enclausurar os espaços. Mas nos últimos três séculos, arquitetos e planejadores têm tentado liberar as cidades, abri-las, torná-las mais porosas e mais acessíveis com parques e espaços públicos. Desenvolver fortalezas privadas, muros dentro das cidades, é um retrocesso. Deveria haver uma boa reação arquitetônica para isso porque é uma maneira muito arcaica de se viver. O urbanismo contemporâneo deve conectar pessoas, não dividi-las."
(Zaha Hadid)

Texto: Revista aU | Edição 218 | Maio 2012 | Entrevista | Valentina Figuerola
Imagem: Projeto do Grande Teatro de Rabat | Zaha Hadid Architects | Marrocos | 2010